Naquele tempo,
Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João,
e os levou sozinhos a um lugar à parte
sobre uma alta montanha.
E transfigurou-se diante deles.
Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas
como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar.
Apareceram-lhe Elias e Moisés,
e estavam conversando com Jesus.
Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus:
“Mestre, é bom ficarmos aqui.
Vamos fazer três tendas:
uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”.
Pedro não sabia o que dizer,
pois estavam todos com muito medo.
Então desceu uma nuvem
e os encobriu com sua sombra.
E da nuvem saiu uma voz:
“Este é o meu Filho amado.
Escutai o que ele diz!”
E, de repente, olhando em volta,
não viram mais ninguém,
a não ser somente Jesus com eles.
Ao descerem da montanha,
Jesus ordenou que não contassem a ninguém
o que tinham visto,
até que o Filho do Homem
tivesse ressuscitado dos mortos.
Eles observaram esta ordem,
mas comentavam entre si,
o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”.
O amor de Jesus não tem medida: é amor, e Ele escolhe com esse desígnio de amor. Trata-se de uma escolha gratuita e incondicional, uma iniciativa livre, uma amizade divina que nada pede em troca. E assim como Ele chamou aqueles três discípulos, também hoje Ele chama alguns para estarem com Ele, para poderem dar testemunho. Ser testemunhas de Jesus é um dom que não merecemos: sentimo-nos inadequados, mas não podemos desistir com a desculpa da nossa incapacidade. Não estivemos no Monte Tabor, não vimos com os nossos olhos o rosto de Jesus brilhando como o sol. Contudo, também nós recebemos a Palavra de salvação, a fé foi-nos dada, e experimentamos a alegria de encontrar Jesus de diferentes maneiras. Jesus diz também a nós: «Levantai-vos e não tenhais medo» (Mt 17, 7). Neste mundo, marcado pelo egoísmo e pela ganância, a luz de Deus é obscurecida pelas preocupações da vida diária. Dizemos muitas vezes: não tenho tempo para rezar, sou incapaz de realizar um serviço na paróquia, de responder aos pedidos dos outros… Mas não devemos esquecer que o Batismo que recebemos nos fez testemunhas, não pela nossa capacidade, mas pelo dom do Espírito. (Angelus de 8 de março de 2020)
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