Naquele tempo,
a fama de Jesus chegou aos ouvidos do governador Herodes.
Ele disse a seus servidores:
“É João Batista, que ressuscitou dos mortos;
e, por isso, os poderes miraculosos atuam nele”.
De fato, Herodes tinha mandado prender João,
amarrá-lo e colocá-lo na prisão,
por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe.
Pois João tinha dito a Herodes:
“Não te é permitido tê-la como esposa”.
Herodes queria matar João, mas tinha medo do povo,
que o considerava como profeta.
Por ocasião do aniversário de Herodes,
a filha de Herodíades dançou diante de todos,
e agradou tanto a Herodes
que ele prometeu, com juramento,
dar a ela tudo o que pedisse.
Instigada pela mãe, ela disse:
“Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João Batista”.
O rei ficou triste,
mas, por causa do juramento diante dos convidados,
ordenou que atendessem o pedido dela.
E mandou cortar a cabeça de João, no cárcere.
Depois a cabeça foi trazida num prato,
entregue à moça e esta a levou para a sua mãe.
Os discípulos de João foram buscar o corpo
e o enterraram.
Depois foram contar tudo a Jesus.
Por detrás destas personagens está satanás, semeador de ódio na mulher, semeador de vaidade na jovem, semeador de corrupção no rei. Enquanto o maior homem nascido de mulher acabou sozinho, numa cela escura da prisão, devido ao capricho de uma bailarina vaidosa, ao ódio de uma mulher diabólica e à corrupção de um rei indeciso. João é um mártir o qual deixou que a sua vida fosse diminuindo, para dar lugar ao Messias. A vida só tem valor se for doada no amor, na verdade, oferecida aos outros, na vida diária, na família. Mas doando-a sempre. E se alguém tomar a vida para si, para a preservar, como o rei na sua corrupção ou a senhora com o ódio, ou a moça, a jovem, com a própria vaidade — um pouco adolescente, inconsciente — a vida morre, a vida acaba por murchar, não serve. (Homilia na Capela da Casa Santa Marta, 8 de fevereiro de 2019)
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