Naquele tempo,
Jesus contou esta parábola
para alguns que confiavam na sua própria justiça
e desprezavam os outros:
“Dois homens subiram ao Templo para rezar:
um era fariseu, o outro cobrador de impostos.
O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo:
‘Ó Deus, eu te agradeço
porque não sou como os outros homens,
ladrões, desonestos, adúlteros,
nem como este cobrador de impostos.
Eu jejuo duas vezes por semana,
e dou o dízimo de toda a minha renda’.
O cobrador de impostos, porém, ficou à distância,
e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu;
mas batia no peito, dizendo:
‘Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!’
Eu vos digo:
este último voltou para casa justificado,
o outro não.
Pois quem se eleva será humilhado,
e quem se humilha será elevado”.
Verifiquemos se em nós, como no fariseu, existe «a íntima presunção de ser justo» (v. 9) que nos leva a desprezar os outros. Acontece, por exemplo, quando procuramos elogios e enumeramos sempre os nossos méritos e boas obras, quando nos preocupamos em aparecer em vez de ser, quando nos deixamos apanhar pelo narcisismo e pelo exibicionismo. Onde há muito eu, há pouco Deus. Na minha terra estas pessoas são chamadas “eu-comigo para-mim só-eu”, este é o nome dessas pessoas. E uma vez falava-se de um sacerdote que era assim, centrado em si mesmo, e as pessoas brincavam, dizendo: “Ele quando faz a incensação, fá-la em volta de si, incensa-se”. Assim, faz com que caias até no ridículo. (Angelus de 23 de outubro de 2022)
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